
O céu deserto
De ventos desordenados e procelas d’águas
As folhas secam ao pó aceiro
Das cinzas esnobes
A aurora encoberta
Do quieto breu de névoa falaz
Não há pássaros
Não há nuvens, nem luz
Não há vestígios do dia
Só há a frieza da temida hora
Ao pisar nas mortas
Cada estalo quebra seu silêncio infracto
E percebo meu próprio isolamento
O mundo ficou pequeno
Sem sol, sem teu sorriso.
Já não penso mais aflito
Ao pesar da brisa insossa
Escusa a utopia
Há mais céu do que eu sabia
E que fraterna é a ilusão
De darmos as cartas ao tempo
Nas adornas inspirações
Tenho albor, céu dilúculo,
Não revivo meu passado
Pois não tenho mais futuro. (IC)
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